Pausa pra comentar as Olimpíadas

Piada olímpica - Declaração de Lula: "Falam de nós, mas eles nem tiraram os andaimes do estádio para a abertura dos jogos!"

Não resisti e resolvi imitar meu amigo Adriano Mussolin: vou falar um pouco de Olimpíada no blog. Faço um intervalo na viagem a Paris, à qual voltarei na próxima postagem.

É um evento muito mais interessante pra mim do que Copa do Mundo. Divirto-me com quase todos os esportes. Exceções: lutas (todas) e hipismo. Talvez haja outras, mas não me recordo agora.

A abertura, à parte as denúncias de montagens e outras gambiarras, foi a mais bonita que já vi. Recordo-me muito pouco da comentada Moscou 1980. De lá pra cá, nenhuma foi criativa como esta de Pequim.

O resultado do Brasil em terras chinesas mostra que continua tudo como antes: o futebol masculino sem ouro e com participações patéticas, dignas de sua falta de seriedade na organização. O feminino ainda vive aquele drama do amarelão na hora decisiva. O mesmo se estende aos favoritos de outras modalidades. Entendo o drama das moças do futebol, que têm as sombras do masculino e da popularidade do esporte no país ali, coladinhas... Mas nas outras modalidades vejo que, diante das circunstâncias, somos azarões. E como tais, deveríamos estar um pouco mais relaxados.

Sobre transmissões, posso me omitir de comentar o que todo mundo já sabe sobre ufanismo brasileiro e Galvão Bueno. Fiquei livre disso, este ano. Ah, telefone pra você, Galvão!

Aqui, não foram transmitidas ao vivo pelo canal Eurosport as semifinais do futebol (mesmo com a Alemanha na semi do feminino) e vôlei. As finais do futebol e do vôlei feminino, também não. Deram preferência ao atletismo (e eu achei bom). Porém, o basquete ianque foi mostrado nas semi e nas finais. Um esporte no qual a Alemanha não saiu da fase classificatória. Germânicos fazendo média com os americanos?

Os locutores vibram, mas não fazem discurso patriótico nem ufanista. Apenas dizem: "Bronze für Deutschland!" Ou "Wir haben die Gold!" (Bronze para a Alemanha! Nós temos o ouro!) Comentam imparcialmente qualquer vitória de qualquer atleta de qualquer país, ou a derrota de algum alemão. Sem circo. Vibraram com o recorde dos 200 m rasos como se o jamaicano fosse de Berlim.

E, não sei por aí, mas aqui Olimpíada já é passado. Nada de masturbação midiática das glórias alemãs.