Tusar e Senhorusar

Brasão da cidade de Göttingen, entalhado em madeira.

ALEMANÊS DO DIA
Duzen e siezen são dois verbos. Significam, respectivamente, tusar e senhorusar. Está claro? Não? Pois bem, quando você trata alguém como tu, você está tusando essa pessoa. E quando é por senhor ou senhora, você então senhorusa. Então, "Ich duze dich" quer dizer "Eu o trato por tu". E assim por diante...
Hoje, vão algumas fotos que estou já há algum tempo querendo colocar aqui e comentar.

Essas maçãs são interessantes por um detalhe: minha sogra as colheu direto do pé, ao lado de casa - coisa nada comum no Brasil.

Quando comer um macarrão pode ser especial? Quando é feito especialmente pra você por um italiano, na casa dele. Foi hoje, aqui em Göttingen. Grazzie, Michelle i Inma!

Guardanapos impressos com mensagens, muito comuns por aqui: "Sinta-se à vontade conosco!"

Sacolas são um objeto muito útil. Nos supermercados, as sacolas plásticas são pagas. Então, se um dia vier morar por aqui, compre sacolas de tecido forte, como essa da esquerda, para fazer compras, e também guarde as de plástico que eventualmente comprar (custam em média R$ 0,30), que são mais resistentes e maiores que aquelas dos supermercados brasileiros (que a gente usa como saco de lixo). Ninguém do supermercado X faz cara feia se você levar uma sacola do Y para colocar as coisas; isso aqui é normal.

Ao lado da figura que é a minha maior referência religiosa. Embora eu não seja budista, gosto muito das coisas que leio sobre esta religião (ou seita, ou o que quer que seja). Foto em Berlin.

Teatrinho das crianças...

... e circo dos adultos. Gostei de girar o prato. Aqui, ainda se vê fora das escolas esse tipo de brinquedos ou brincadeiras, que usam coisas simples como papel, cola e tesoura, que desenvolvem a criatividade ou exigem coordenação motora. Creio que, no Brasil, isso está um pouco abandonado no dia-a-dia.

Parece cena de filme, não?


A seguir, Munique (München).

2007 08 14 - Munique, parte 1 - Pela cidade

Amigos, vocês estão vendo aos poucos o que Marcia e eu vimos em 12 dias. Esta viagem terminou no dia 25 de agosto e ainda tenho muito a mostrar. Munique foi a primeira metrópole alemã deste roteiro. As cidades grandes da Alemanha não têm mais que 3 milhões de habitantes, e pouquíssimos arranha-céus, felizmente. O que há em Munique aos montes são aquelas moças árabes que se vestem inteiras de preto, deixando apenas o rosto de fora. Algumas delas, muito bonitas. Dividi esta passagem em 3 partes: o passeio pela cidade, a ida ao Hard Rock Café - sonho realizado! - e à principal cervejaria do mundo (ao menos é o que ouvimos aqui), a Hofbräuhaus, uma noite impagável pelo que nos aconteceu.

Desconfio que os alemães deste local sabem Português. Isso aí é um display de acrílico com uma revistinha de ofertas chamada Kago - bem em frente à entrada do banheiro desta lanchonete de estrada.

Estádio "Pneuzão", que abrigou partidas da Copa do Mundo do ano passado. Não visitamos, foi só de passagem...

O prédio aí ao fundo é a central duma tal BMW, Bayerische Motoren Werke, ou Produção de Motores da Bavária.


Vitrine de automóveis na própria fábrica da Mercedes-Benz.

Legal, isso aqui: o cartaz de propaganda só está ali porque o prédio está em reforma. Um outdoor temporário que serve pra cobrir o pedaço que está incompleto.

Nóis na fita, no calçadão do centro. Reparem à minha direita uma moça árabe vestida de preto até a cabeça. Devo ter visto uma centena desse tipo.

Prédios com sacadas floridas são comuns na Bavária. Ah, em tempo: Bavária (Bayern) é um dos 17 Estados alemães. Fica ao Sul, limite com a Áustria.

Outra imagem muito encontrada é a dessas estátuas em esquinas de prédios.

Centro da cidade, fervendo de gente. Agosto é época de férias escolares, por aqui.

Roda de samba, eu não vi. Mas vi muita gente tocando música clássica. Essas aqui estavam "falando" de Mozart.

Parece mais uma igreja, apenas. Mas ela tem uma história curiosa. As igrejas levavam, na Idade Média, cerca de 60 anos pra ficar prontas. A iniciativa desta foi de um padre de 60 anos, que botou a mão na massa (literalmente!) e a concluiu quase que totalmente em 20 anos. O que faltou? As pontas das duas torres, que deveriam ter, a princípio, estilo gótico (pontudo, como uma agulha). Porém, uma mudança histórica (ih, sou ruim nisso... Acho que foi do barroco pro renascentista, ou o contrário, sei lá) fez com que elas ficassem em formato meio arredondado, como as construções indianas, por exemplo. A altura dessas torres ultrapassa os 100 metros.

Em frente à igreja, uma miniatura em metal. A placa à esquerda tem texto em Alemão e em Braille, como eu já tinha visto em Marburg.

Este anexo "pendurado" na parede branca também tem uma história. Chama-se Torre do Macaco. A guia nos contou uma lenda, cujo personagem central é um símio. Não entendi muito, pois meu Alemão ainda é nível básico...

Cenas de um próximo capítulo: Marcia em frente à cervejaria Hofbräuhaus.

Chegada do outono e uma descoberta

O outono está chegando por aqui, eu fiz esta foto que ficou legal, devo fazer outras mais desse tipo, e descobri uma coisa: é possível ver as fotos do blog em tamanho maior! É só clicar com o botão direito na imagem e escolher Abrir Link em uma Nova Janela. Você vai perguntar: o que tem uma coisa a ver com a outra? É só porque descobri isso com ESTA foto... (Putz, tem hora em que eu sou mala).

Prosseguimos com a viagem de agosto.

2007 08 14 - Nuremberg

Detalhe do castelo imperial.

Nuremberg é uma cidade marcada por acontecimentos relativos ao nazismo - a favor e contra. Aqui, aconteceram inúmeras passeatas e encontros do Partido Nacional Socialista (de onde vem o termo "nazi"), algumas delas com milhares de pessoas. Após a Segunda Guerra, seus principais criminosos foram julgados nessa cidade.

Castelo Imperial, lugar de encontros da corte na Idade Média.
Dele, se tem uma visão panorâmica da cidade. As próximas três fotos são dele.

Visão da cidade a partir do muro do castelo.



A construção ao fundo, que parece um estádio de futebol, teria sido um templo nazista para 20 mil fiéis seguidores. Teria, pois a guerra terminou antes de sua conclusão. É, naqueles tempos, Hitler já sonhava em ser o Edir Macedo... Hoje, funciona como Centro de Documentação Histórica.


Deste outro ângulo, vê-se o formato de letra U.

Na parte interna, as arquibancadas. Note que aqui há um cruzamento no asfalto. O local onde Hitler faria seus discursos seria no centro deste cruzamento. Onde está mais claro, com areia, teriam sido cadeiras para a platéia, provavelmente com lugares privilegiados para os assessores diretos do chefão. Estava planejado para o lugar um teto, cuja iluminação natural faria a luz concentrar-se na direção de Hitler, como um holofote.

Esta foi uma avenida dos desfiles militares nazistas. É próxima ao Centro de Documentação. Os cidadãos de hoje em dia poderiam utilizá-la para festas populares, se quisessem, pois não há lei que impeça. Porém, quem quer celebrar num lugar com energia tão negativa? Durante a meia hora em que estivemos aqui, passaram quase três pessoas...

Boteco beirando a ladeira. Pena, não deu tempo de entrar pra provar a cerveja local!

Centro da cidade em dia de feira livre. Tudo absolutamente... Limpo!!!

Atenção molecada! Nesse antigo palácio, funciona hoje um dos Albergues da Juventude. Quem precisa de hotel?

Uau, eu nem dormi à noite depois que vi este cachorro de pelúcia (janela de baixo, à esquerda) querendo me assustar...

Hora de acordar! E ver que relógio cuco não é pra qualquer um. Precinhos na faixa de 300 a 600 euros (800 a 1.600 reais).

Artesanato aqui tem mesmo valor: esses brinquedinhos amarelos custam de 12 a 15 euros, ou 30 a 40 reais.

Próxima cidade: Munique.

2007 08 13 - Viagem pela Alemanha

Desde que Marcia veio para cá, sabíamos da viagem anual de 12 dias, passando pelas principais cidades do país, que a Humboldt dá uma vez aos bolsistas, com direito a acompanhante. Foi muito bom quando pudemos marcar o casamento para o dia 9 de agosto, pois a data de partida para esta excursão de ônibus com mais 31 estrangeiros e uma guia nativa foi dia 13. Serviu como lua-de-mel! Como em qualquer excursão que passa por muitos lugares, foi um tal de embarca e desembarca, tira mala e põe mala... Fizemos amigos vindos da Austrália, Índia, China (1/3 do grupo), Rússia, Turquia, Jamaica, Bélgica, República Tcheca. E, por questões linguísticas, nos aproximamos de três latinos: um cubano, um chileno e um espanhol (melhor dizer catalão, porque o pessoal da região de Barcelona gosta do termo). Algumas passagens interessantes, e bem disse Jean Pierre (nome francês, mas vindo de Santiago do Chile): em toda cidade, un muro, un castillo, una iglesia,... e uma guia turística que fala história demais. Os detalhes interessantes, vocês lêem à medida que vêem as fotos.

Nossa guia alemã, Ragna, à esquerda.

O russo Stefan, de sacola verde; o casal australiano, John e Matina; mais ao fundo, a belga Anna com Jean Pierre, chileno, Erick, cubano, e Carles (com E mesmo), espanhol.

Primeira parada, a seguir: Bamberg.

2007 08 13 - Bamberg e a pequena Veneza

Nossa primeira parada foi em Bamberg, que fica no Estado de Bayern (Baviera), cuja capital é Munique. http://pt.wikipedia.org/wiki/Bamberg

Fachada do hotel -castelo.

Na parte central deste corredor, uma exposição de cristais fabricados na cidade.

"Caro hóspede, você pode imaginar quantas toalhas são lavadas desnecessariamente, todos os dias, em todos os hotéis do mundo - e quanto sabão carrega esta água?
Por favor, decida: Toalhas no chão significam: Por favor, troque.

Toalhas nos cabides significam: Ainda vou utilizá-las.

Em favor do meio-ambiente."

Uma antena do capeta!

Por causa dessas casas à beira-rio, este pedaço aqui é chamado de Pequena Veneza.

O gordinho e a van são de uma rádio local. Entrevistaram Marcia sobre a viagem da Humboldt.

Antigo local de uma fazenda. Hoje, é museu.

Ah, você não gostaria de ser mandado pra um asilo? Bem, pra este aqui eu iria... O prédio à esquerda é o conjunto de residências, logo à sua frente mesinhas com guarda-sol para sentar-se e comer ou jogar cartas, este jardim com rosas e estátuas de deuses mitológicos. E a visão do castelo, à direita.

O curioso nesta foto é a parede, à direita, na direção da placa de trânsito. Uma obra nazista inacabada, cujo rumo (literalmente) foi mudado após a guerra.

Nesta casa, morou Hegel - http://pt.wikipedia.org/wiki/Georg_Wilhelm_Friedrich_Hegel

Antiga prefeitura - quase todas as cidades têm. Creio que porque a burocracia e o consequente aumento gigantesco de papéis para arquivar obrigou a construção de novas.

A visão do lado oposto, ou seja, da ponte que é vista na foto de cima.

Olhem aí ela: a Altes Rathaus (antiga prefeitura). Uma parede com pinturas como outra qualquer...

...a não ser por estes pés que saem em 3D da parede!

Bandeira de uma sapataria.

Como sempre, uma foto para os amantes da modernidade, ao lado de um Porsche.

Capela subterrânea com iluminação toda em azul. Esta igreja tem também a capela principal, com luzes naturais.

Primeira prova de fogo: entrada do boteco onde se vende cerveja... defumada! Tem cheiro de bacon, a maioria desaprovou.

Os amigos chineses e indianos. Só memorizei o nome do de azul: Chen. Os nomes indianos são ainda mais difíceis que os dos chineses.

El trio hyspánico: Jean-Pierre, de Chile; Erick, de Cuba; Carles, de Cataluña, España.

O casal australiano e, entre eles, a nossa guia.

Próxima cidade: Nuremberg.